Esporte a valer: manobras de que transformam vidas


O exercício começa com alongamento, seguido de aquecimento até chegar à etapa do equilíbrio. 
Depois é a vez da remada (subir e locomover-se) para atingir a “ollie”, a primeira manobra oficial que se aprende no skate. Após cinco fases, o que seguirá é uma enorme seqüência de possibilidades com a prancha de madeira e rodas no Projeto Escola de Skate da Secretaria de Esportes e Lazer de Casimiro de Abreu.
A rotina de exercícios e o linguajar próprio dos skatistas começam a fazer parte da vida dos novos alunos. Nos últimos dois anos, mais de 300 praticantes foram iniciados nesse esporte. A idade mínima para crianças é a partir de sete anos. “Não há limite para quem se interessa por skate. Até mesmo quem tem dificuldades físicas ou necessidades especiais pode praticar com adaptações”, diz o instrutor Leyr Junio.
O Projeto Escola de Skate funciona às segundas e quartas-feiras, de 8h às 11h e de 15h às 18h, na Praça Darcy Azeredo, bairro Santa Ely. “Para participar, a criança precisa estar estudando e obter autorização dos pais ou responsáveis. Este é um requisito básico e preocupação do governo para aliar educação e incentivo ao esporte”, comenta o secretário de Esportes e Lazer Robson Mangefesti.  
Em uma hora de aula, professores se revezam em diferentes pont s da quadra. Uma mini-rampa para a prática do street stylist (estilo de rua) é disputada pela garotada que se supera a cada investida. “Quem tem o dom, aprende rápido. Mas é possível se desenvolver de um a três meses. É preciso ter energia e disposição para vencer mais facilmente o medo”, observa Leyr Junio, de 28 anos, skatista profissional há dez.
É comum entre os praticantes do skate o uso de apelidos. Os instrutores do Projeto Escola não escapam. Leonardo Gomes é o “Jamaica”, Ivison Galdino é o “Grunge”, Ricardo Nascimento é o “Goiano”. Entre eles, é difícil saber quem é quem pelo nome verdadeiro. Para eles, ter um apelido é uma espécie de premiação devido ao desempenho no esporte. “É divertido”, dizem.
Os alunos curtem o clima alegre e vibrante das aulas junto aos mestres. “Eu gosto muito de estar aqui. Eu brinco e aprendo. Quero ser skatista quando crescer”, confessa a pequena Júlia Teixeira, de 8 anos. Outro que não perde as aulas é o estudante Thiago Almeida, 12 anos. “Desde os 10 estou aqui. Já faço muitas manobras para competir”, conta.
Há vagas disponíveis na escolinha. O material e equipamento de segurança são fornecidos pela prefeitura, como capacete, cotovoleira, joelheira e o próprio skate. Para o prefeito Antônio Marcos, o investimento no esporte é uma de suas prioridades. “Precisamos ocupar a criança, combater o uso de drogas com auxílio do esporte, que é um excelente meio de educação e transformação social”. 
Fonte: Ascom
Foto: Luana Azevedo

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