Biografia
Foi filho do abastado comerciante e fazendeiro português, José Joaquim Marques de Abreu, e de Luísa Joaquina das Neves, uma fazendeira de Capivary, viúva, que com ele teve três filhos, embora nunca tenham sido efetivamente casados. Casimiro nasceu na Fazenda da Prata, em Capivary (Silva Jardim), propriedade herdada por sua mãe em decorrência da morte de seu marido.
A localidade onde viveu parte de sua vida, Barra de São João, é hoje distrito do município que leva seu nome, e também chamada "Casimirana", em sua homenagem. Recebeu apenas a instrução primária no Instituto Freeze, dos onze aos treze anos, em Nova Friburgo, então cidade de maior porte da região serranaRio de Janeiro, e para onde convergiam, à época, os adolescentes induzidos pelos pais a se aplicarem aos estudos.
Aos treze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar com o pai no comércio. Com ele, embarcou para Portugal em 1853, onde entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra. O seu sentimento nativista e as saudades da família escreve: "estando a minha casa à hora da refeição, pareceu-me escutar risadas infantis da minha mana pequena. As lágrimas brotavam e fiz os primeiros versos de minha vida, que teve o título de Ave Maria".
Em Lisboa, foi representado seu drama Camões e o Jau em 1856, que foi publicado logo depois.
Seus versos mais famosos do poema Meus oito anos:
Oh! Que saudades que tenho/da aurora da minha vida,/ da minha infância querida/que os anos não trazem mais!/ Que amor, que sonhos, que flores,/naquelas tardes fagueiras,/ à sombra das bananeiras,/ debaixo dos laranjais!
Em 1857 retornou ao Brasil para trabalhar no armazém de seu pai. Isso, no entanto, não o afastou da vida boêmia. Escreveu para alguns jornais e fez amizade com Machado de Assis. Escolhido para a recém fundada Academia Brasileira de Letras, tornou-se patrono da cadeira número seis.
Tuberculoso, retirou-se para a fazenda de seu pai, Indaiaçu, hoje sede do município que recebeu o nome do poeta, onde inutilmente buscou uma recuperação do estado de saúde, vindo ali a falecer. Foi sepultado conforme seu desejo em Barra de São João, estando sua lápide no cemitério da secular Capela de São João Batista, junto ao túmulo de seu pai. Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de Primaveras.
Espontâneo e ingênuo, de linguagem simples, tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil. Seu sucesso literário, no entanto, deu-se somente depois de sua morte, com numerosas edições de seus poemas, tanto no Brasil, quanto em Portugal. Deixou uma obra cujos temas abordavam a casa paterna, a saudade da terra natal, e o amor (mas este tratado sem a complexidade e a profundidade tão caras a outros poetas românticos). A despeito da popularidade alcançada pelos livros do poeta, sua mãe, e herdeira necessária, morreu em 1859 na mais absoluta pobreza, não tendo recebido um tostão sequer em termos de direitos autorais, fossem do Brasil, fossem de Portugal.
Fonte: Wikipedia
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Obra
Desde o século XIX até hoje, as obras de Casimiro tiveram mais de nove dezenas de edições, publicadas nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Paulo (Brasil); Lisboa e Porto (Portugal); Paris (França); Macau (China).
Embora “Primaveras” seja seu livro mais conhecido, que lhe rendeu a fama de grande poeta, ele também teve produções em outros gêneros literários como romance e teatro (cena dramática).
* Carolina (1856) – romance
* Camila: memórias duma viagem (1856) – romance
A Fundação Cultural produziu no ano de 2008, com a parceria da Secretaria Municipal de Educação uma edição ilustrada do livro Primaveras que você pode obter aqui em versão PDF, clicando na figura abaixo.